terça-feira, 28 de novembro de 2006

Desfeito em luz.

Faltaram cores. Algumas dúzias delas. Talvez o cinza da minha tristeza e o negro que me entope as veias. Pintei essas aquarelas, com traços torpes e embriagados, porque não saberia fazer de outra forma e porque você assim me pediu. Algumas são imagens descritas por você. Outras, por uma voz que vive dentro de mim e que nesse momento grita desesperada: “Salva-te enquanto estás lúcido!”. Nosso acordo não está assinado. Não tem validade jurídica. Mas algo me prende a ele... Uma curiosidade, um desejo ou uma ameaça?
Fui nos correios hoje de manhã disposto a me ver livre desses desenhos. Espero que eles sejam felizes em outro lugar, nas paredes brancas de uma casa distante. Quando receber essas aquarelas, pinte as respostas em três dias. Quero cores em tons pastéis e contornos em violeta. Ok? Obrigado.

Luisa mandou um beijo.

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