sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

problemas de visão.

Sim, exatamente desse jeito. Lhe digo somente a verdade: não minto. Sinto isso, sinto que me olha. Senti, na verdade. Mesmo sendo passageiro. Os olhos se enxergam e se fixam naquele momento, mesmo que por menos de um segundo. O momento congela na mente. Quando dura mais, é um deleite.
É difícil pensar com barulho. E barulho não tem fim, mesmo no lugar mais silencioso. Minha cabeça não pára. Nenhum pensamente foi retirado dela, tá tudo aqui guardado. Especialmente os momentos dos olhares. Menos de sete. Não, não, menos de sete são os especiais. O resto é o resto. Os outros são os outros e só. Olhadelas por olhar, para saber onde está, com quem está.
Mas os olhares mais distante são os que mais me deixam confusos. Aliás, minto. Os mais de perto que me deixam. Mas, falando dos distantes, a minha dúvida é saber se é um olhar ou não. Minha miopua e meu astigmatismo me atrapalham nessa hora. Sobre os mais de perto, é olho no olho, não saber o que o outro quer, o que o outro vai fazer. Mas isso é o de menos. O de mais é não saber o que eu vou fazer, não saber o que eu vou querer. Ou melhor, o que eu quero. É essa a minha dúvida cruel.

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