quinta-feira, 30 de agosto de 2007

(cat power - maybe not)

Ele já havia pensando neles juntos, mas havia retirado este pensamento da cabeça, pois “total nada-a-ver”. E também ela já tinha um namorado. Mas sabe... Aquela coisa de “Ah, preciso de uma namorada. Sei lá, pode ser ela. É, pode ser; talvez...”. Então, era isso. Ele meio que gostava dela. Gosta. Não sabe se gosta do jeito dela... Assim, simpatiza. Não sabe se chega a realmente gostar no sentido de amar. Não a conhece muito, apenas fazem curso na mesma sala.
Hoje. Hoje, não sei. Hoje, quando ele chegou, ela foi pro lado dele. Talvez porque não queria mais dividir o livro com a menina que estava do lado dela (ela havia se esquecido de levá-lo), ou não. Não sei ao certo. Mas enfim, ela foi para o lado dele. E, numa certa atividade em dupla ou trio - não me recordo – passada pela professora, ela perguntou se a resposta que ele dera era mesmo a certa. “Pois sim, pois não há ponto e vírgula aqui. Vê?”, “Ah sim, vejo sim. É, tens razão.”.
Na correção, o disco havia passado a resposta dele. Uma das outras alunas indagou: “Mas professora, não seria deste outro jeito?”, e mostrou-o. A professora concordou, disse que o disco havia dado a resposta errada. O menino fez uma cara de “Ah, terei de apagar, saco.”. E já ia apagando, quando ela acariciou os seus cabelos, pela nuca, com uma risada por parte dela ao fundo, no sentido de “Ow, coitadinho.”. Talvez um gesto simples, mas o tocou e o deixou estremecido, e vulnerável. Sensível.
Depois ela parou um pouco e pensou. “Mas professora...” – levantou-se em direção da tal – “... Olhe aqui! Ele disse que não há vírgula. Creio que a resposta do disco está certa.” E estava. A professora concordou com ela. “Sim, sim, o disco está correto mesmo. É que não há vírgula aqui.”.
Um simples fato, mas que o tocou. Vai ver ela gosta dele. Ou não, não sei ao certo. Quem sabe?

Nenhum comentário:

Postar um comentário