Sem título.
Num copo de café enxerguei-te dizendo aquelas palavras que nunca me abalaram. Mas dessa vez, me fizeram derramar o café por cima da camisa favorita, a branca.
Enraiveci-me, pois, pela primeira vez, lembrei-me de ti depois de dez, dez anos. Você que sempre me fez sofrer.
(Piano)
E numa bela tarde de chuva, tomando a minha mistura de capuccino com chocolate em pó, lembrei da Maria, nossa filha. Amava-a, mas você a matou. Pois sim. Claro que não foi com uma arma ou com uma faca, mas com palavras. O que disseste matou-a por dentro. Hoje ela é uma drogada por tua causa.
(Violino)
Ah, o Mateus morreu. Ficou bêbado e bateu num poste.
(Instrumento qualquer)
Tirou-me todos os filhos, todos os amores. Mereces o pior. E lembre-se: mesmo com tudo que fizestes à mim, choro de saudade quando vejo uma foto nossa. Aquela do vinho, em especial.
essas coisas de sentir saudades de alguém que não presta, é comigo mesmo :/
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