Não, essa história de ser o antônimo de si não cola. Afinal, você está baseado em si mesmo.
Recife e Olinda não servem como outros horizontes (não que elas sejam ruins). Aliás, nenhum lugar serve. Você ainda será você, mesmo com novas visões, com novos horizontes, novas opiniões... Mas você continua essencialmente você.
Pode-se ser o seu eu (ou seu), o seu próprio. Olhando-se não pelo espelho, mas virando os olhinhos. Olhar para si e desenhar o que viu. Soltar o fio que prende o balão à você. Deixar fluir o líqüido da imaginação por entre os dentes. Fazer os olhos e coração serem irrigados por esse líqüido multicolor. Se bem que dentro da gente o amarelo vai para os pés, o vermelho para a boca, verde-orelhas, azul-veias e artérias e por assim segue.
Seguindo, o marrom chega às canelas pelo fêmur. Enquanto isso, o roxo segue para os olhos através da jugular. Só que são muitos caminhos, muitas possibilidades de estradas, palavras, saladas e coisas com adas (e viva a falta de rimas).
Não, caladas e amadas não servem. Quero coisas palpáveis. Daí você se pergunta: "Por que então 'palavras'?". Ora veja! Você não pega nas palavras? Você não vê aquelas letrinhas coloridas saindo juntinhas das bocas das pessoas?
Então eu queria te avisar, meu querido, que às vezes as palavras tomam forma, peso, cor e o que mais a sua imaginação quiser. As palavras são vida, assim como eu, o meu outro eu, ele, ela e você.
eu queria te avisar meu querido, que as vezes o som vira barulho, e o barulho vira silencio. e tudo ficar branco, verde, azul, amareo, roxo (...?)
ResponderExcluirlembrei, lucas!
novos baianos por ciro ali, risos
ResponderExcluirAs palavras me deixam mais sinestésica (ou sinesteta? enfim...)!
ResponderExcluirnão, foi por mim mesmo, mirna.
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