Chegaram juntos, a ponto de explodir.
A relva macia os acompanhou por todo o caminho, longo e curvilíneo.
– Olha em meus olhos. – dizia-me ela.
Bem no fundo.
O Vale do Silício não era mais aquele das páginas de internet.
Só as montanhas, só as montanhas.
O céu, o sol do dia nublado... Tudo isso junto aos olhos dela.
O número meia-meia, a saia de tafetá, a blusa decotada...
Estava tudo apenas começando.
Caminhando, passeando pelo parque.
A música leve vinha e a lua refletia nos meus óculos.
Era uma marquinha. A luz.
Os cílios só faziam crescer.
Crescer até não mais poder, até ocupar toda a escadaria
e fazer com que a única maneira do moço simpático subir seja...
Seja pelos meus cílios.
Um aperto de mão, palminhas nas costas.
Sorriso bonito, sim.
“Ah, se tu soubesses como sou tão carinhoso...”
A lua brilhava muito, muito forte.
Iluminou o céu, iluminou minha morada.
Cor de coração.
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