terça-feira, 8 de dezembro de 2009

fingerprints.

café derramado no chão, até parece com o dia de ontem: o garçom piscou, depois sorriu pra mim. o casal no bar, ele queimando seus cartões de crédito; ela, o seu sutiã. entre martinis secos e ameixas, a dama de roxo dá altas gargalhadas espalhafatosas para todos ouvirem: seu gato morreu, mas ela tem bastante dinheiro para comprar outro, caso queira.
no canto verde do salão, outro casal aos beijos. vestidos pra quê? luz verde, luz azul, luz amarela... o sol não me atinge aqui, vou pra varanda.

amarelos em abundância, azul no céu ofusca os olhos. o mar bate nas pedras, os peixes assoviam pras conchas. não se parece nada com uma prisão. sem cegueira, sem listras e sem listas. é tarde demais pra mim. mas nunca é tarde. ou é?

eu queria saber daquele outro lugar, mas agora não.

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