Um clima tropical e escaldante tenta fazer um branquinho de luz num coração que não a vê desde sempre. Aquele nunca que sempre foi. Umas batidas leves, pulsações mais do que voluntárias, contrariando a natureza por si só. Aos passos largos, tentativa por tentativa, adaptando a máxima da água e pedra.
Mas isso não leva a nenhum lugar. Com o metafísico e passageiro amor, o que precisamos mesmo é só acreditar-nos. Fazer o que devemos fazer, pensando em si mesmos, pois a agonia/alegria do mundo é o que nos leva a nenhum lugar. Escolhemos um ponto, rodopiamos nele e mil buracos abrem-se nas nossas camadas. A minha troposfera, por exemplo, já não é mais respirável como dantescas. Líqüidos imiscíveis flutuando no ar, 7:00 e bruxas ao redor das cabeças alheias: tudo isso que eu vejo rodopia no ar, formando luminescências que eu nunca imaginaria sozinho. É o ar, a atmosfera do ambiente que influencia nossas mentes, das quais vendemos, a cada dia, um pedacinho por preço de banana, quando banana era barato.
Já nem é mais agonia que sentimos: é torpor, com uma lucidez que já nem mais se fala. Fala-se mais é de parâmetros e arbustos silenciosos, galhos quebrados e esfacelados e um neologismo: passáro. Para significado de gritaria, guitarrada, som alto e caixas de ovos, cortiça etc. já nem é. Foi feito para diamantes, quilate zero-cinco. Diamantes brilhosos, carbonos organizados, barulho de ductibilidade e eu que disse que esse último era sinônimo de dureza. Pois menti, errei e arcarei com as conseqüências finais da minha atitude errônea, pronome de tratamento. Pois trato-lhe como quiseres.
Quisto isso e eu me findo, enfim, ao poço profundo que anteriormente fora mergulhado em sangue inocente. Sempre a mesmíssima história, a das aurículas. Pois desse pessoal que só tem a esquerda e só veste sapato azul já nem falo, que é para não me cansar. Tenho muito a dissertar ainda esse ano e prefiro juntar tempo aos punhados e transformá-lo em pó para después soprá-lo em fumaça, formando estrelas. Por isso conto os dedos lá no céu, até o fim.
Ai, que lindo!
ResponderExcluirCaríssimo,
ResponderExcluirGostei do trato que destes à coisa-amor,em especial nos dois primeiros parágrafos. Curioso como entre água e pedra fazemos o nosso passarinhesco acreditar.
Abraços.