Como eu deveria expor isso, eu nem sei. Sinto só que ela deveria ter dito mais do que disse, que eu deveria também ter escutado mais do que escutei. Mas a gente acaba dando prioridade às coisas mais desimportantes nos momentos mais especiais. Na verdade, a melhor palavra seria brilhosos, mas a idéia daquele momento não é de iluminuras, e sim de estrelas, no seu sentido mais metafórico possível e passível de aprovação, pois não é qualquer estrela que a gente pode pegar com uma caneca. Se uma onda atravessasse aquele caminho naquele mesmo momento, acho que eu mesmo assim estaria com um guarda-chuva na mão, preto e nebuloso, esperando tudo se passar dali para frente, esperando a espera de todos os tempos e dos três sinais. Cada passo das escadarias não faria nem mais nem menos sentido. Apenas seriam simples, como o foram. Meus pés teriam a mesma indecisão, a mesma espera; espera, que já vai ser a hora; espera, que a luz já vai e já volta; que já é hora de tremer e se alimentar de sonhos...
Eu pensei errado sobre tudo o que deveria ter acontecido e nem previ o que eu sentiria, a sertanidade mesma dos meus olhos e tudo o mais da luz e do escuro. As iluminuras me trouxeram lembranças que eu tive e não. Tenho certeza de que eu vou sentir falta e que a palavra que melhor me definiria agora é saudade.
Engraçado. Guimarães tinha mesmo razão: saudade é ser, depois de ter.
Eu pensei errado sobre tudo o que deveria ter acontecido e nem previ o que eu sentiria, a sertanidade mesma dos meus olhos e tudo o mais da luz e do escuro. As iluminuras me trouxeram lembranças que eu tive e não. Tenho certeza de que eu vou sentir falta e que a palavra que melhor me definiria agora é saudade.
Engraçado. Guimarães tinha mesmo razão: saudade é ser, depois de ter.
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