sábado, 7 de abril de 2012

são três meninas no fosso, flor da idade. com a noite a persegui-las, transformam-se em radicais. a medida que o tempo passa e o sangue se esvai e seca, o corpo lhes cresce: grandes tetas, grandes cabelos e o copo belo de mulher se forma. para desencargo de consciência, penso como seria um estupro. terrível. essas coisas realmente são terríveis e infinitamente diminuem a alma de um sujeito com seus plenos e recém-formados vinte e três anos. "bebe um copo de água, clarice." é tudo o que eu ouço. mas, saibam, é difícil manter a calma diante deste tipo de circunstância. e em que tipo de gente, que rótulo, que demérito deveríamos nós, "NORMAIS", pôr-lhes ao meio, desagregando-lhes aptidões e complexos. DELUZIR-SE seja, talvez, a questão. mas já se deu bastante tempo para nada ser feito. as soluções agora terão de ser mais práticas e incontestáveis. nada a explicar, todos dormindo e o amor como uma coisa selvagem. somos uma civilização ou não, povo daqui e dali? andamos de lá para cá no verão e de cá para lá no inverno ou não, grupo de pessoas orgânicas? somos humanos ou degolados?... para essas três perguntas não há contestação que seja direta, nem com "C". o mandamento agora é deglutir o que vier, fechar os olhos para o futuro e abrir os braços para a multidão de formigas que virão nos atacar. abre bem os braços, dalila. assim, de um jeito que eu possa ver.

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