sexta-feira, 31 de julho de 2009

viver é estar sujo.

Sei que o que quero está longe, muito longe de mim. Provavelmente lá na Escandinávia, mas nunca se tem certeza de nada; nunca se sabe nada ao certo. Certamente que eu sei disso, mas não totalmente.
Deixemos de lenga-lengas. Pois eu só caminho. “Câ-minho” e “cá-minho”. Sem me preocupar em criar novas palavras ou achar as palavras certas para isso (neologismo) ou para o ato de atirar algo ou alguém pela janela (defenestrar). Digo por que sei. Mas não completamente. E mesmo não sabendo completamente, eu caminho. Não, não para as Índias – nada de novelas modelistas e caricaturadas da Globo, por favor! E nem caminho para nenhum-lugar ou lugar-nenhum, pois estes têm suas divergências. Caminho para lá. E a cada passo que dou, parece que esse meu destino dá o mesmo passo. Poderia até questionar de quê adiantou então o meu passo ou se estou numa esteira rolante. Estou numa esteira rolante?
Não, não estou num supermercado e nem na sede mundial de encontros e despedidas das famílias mais abastadas no quesito (faz que vai vomitar, recompõe-se)... é... econômico (sorri falsamente). Não estou, pois a paisagem muda, muda como trem que se afasta de um ponto ou como um ângulo de refração que se afasta da normal (informação que será compreendida apenas por formandos ou formados em física). Quer saber uma fofoca? Newton morreu virgem! (...) E qualé a graça, mané? Há algum problema na virgindade e na pureza? Depois eu que sou devasso.
Er... Muda como trem que se afasta daquelas colinas ou da estação. Ou como brusco desvio de assunto.
Acredito, no final, que o que importa não é chegar lá e nem ter onde chegar. Mas ter AONDE chegar (informação que será compreendida apenas por ligados em gramática, sentido das palavras, formados e/ou formandos em Letras. Ou para quem simplesmente gosta de escrever. Bem.)
E pouco me importa se estarei usando sandálias Havaianas, o tênis da última moda, se tenho namorado(a), um carro e um diploma. Na verdade, não é isso que eu quero. Ou melhor, eu não quero isso. Também; como uma pessoa. Talvez mais de uma. Um milhão, um bilhão, quarenta zilhões... Qual o maior número em que você consegue pensar? Não caia no óbvio, não pense no infinito. Pense no infinito porque você o conhece, mesmo que não completamente.
Meus pés no chão, de preferência descalços. Só não peço pra ficar como vim ao mundo, pois o corpo humano não se adapta muito bem ao frio. Mas eu... (risadinha) eu fico mais gostoso/a no frio. Pode estar até geando que eu estarei gostoso/a e descalço. O chão pode estar sujo que eu estarei descalço. Medo de sujeira, de bactérias? Que desinfetante, sabão em pó ou detergente o quê? Sujeira é o que há! (Pega um balde de tinta, joga em cima, pelo corpo, pára de frente, olha e diz:) Pronto! Viver é estar sujo!

Um comentário:

  1. Só te digo uma coisa: se resolver ir para bem longe e esse longe for Espanha... me leva?

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