sábado, 10 de outubro de 2009

talvez seja a chuva que cai nessa cidade que eu chamaria de são francisco. mas não é. ei, refiro-me ao nome da cidade. a chuva continua a cair, fina e bela como só. a música lenta tocando na casa, o telefone desligado e a vista pro mar que não existe ali. pode ser coisa da minha cabeça também. mas não é. nada disso é. um pouco de água é para refrescar. e repor em minha memória as lembranças do nosso casamento: suco de uva, vestido branco sem muitos detalhes... não interessa o que vestíamos. sem padre, sem platéia. só nós dois, as plantas, o mar. a floresta guiava nossos olhos e nossas bocas. assovio do pássaro, sopro na nuca, arrepio. o calafrio da beleza. seis minutos e trinta e oito. segundos; batimentos cardíacos; passos; artérias e veias; canções. não havia cadeiras ali. sentados no chão, uma cesta para um eventual piquenique... as formigas fizeram a festa. todos os macaroons que eu preparei... levaram todos. mas quem se importa? não nós. nós não. de repente me deu saudade de comer aquela banana caramelada com sorvete de creme, os deliciosos cupcakes que você fazia no verão. você, com seus cabelos esvoaçantes...

na minha memória, você era um leão.

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