sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

ventania final.

(mesa de bar, deveria ser, mas tanto faz. nesses minutos, as pessoas só têm seus olhos virados para a explosão de dinheiro no céu, mais facilmente identificado como queima de fogos, luzes que explodem no céu, dinamite).

- de últimos segundos, últimos minutos. suspiros sem fim, sonhos a rolar. muita gente desejando, eu sei. ondas sendo puladas, baboseira de sempre. é só mais uma virada de dia. as pessoas comemoram besteiras. e comemoram de maneiras bestas: dar presentes, grande coisa. eu, por outro lado, presenteio sem motivo, sem data comemorativa. não acredito nessas tais datas comerci... digo, especiais.
- tente ver o outro lado.
- eu vejo, eu vejo, mas não me agrada. o que posso fazer? prefiro continuar acreditando no que sempre acreditei. sem bebidas, sem nenhuma gota de álcool. sempre sóbrio ou dormindo. não tem ouro bom.
- mas... tente ver o outro lado.
- já disse que vi. e que não gostei. e, olha, não peço que parem. afinal, são essas coisas que movem o mundo. que continue! mas que não me reprimam por não acreditar. aliás, nem liguem para mim, assim como faço com vocês. continuem com suas festas, suas celebrações, suas superstições... eu sei que tudo passa depois da ventania. então, se alguns acreditam nesses "segundos milagrosos", que continuem. assim como eu acredito em outras coisas, todos têm o mesmo direito de acreditar. e de exercer, ser, função, oração, que seja!
- entendo.
- e só mais um dia normal. minto. é um dia normal por natureza, mas não pela humana. é só tempo cronológico, invenção humana. e da qual eu não gosto muito. se tivesse de dizer, diria do calendário maia ou dos anos da china - tigre, leão etc.
- são diferentes culturas.
- sim, eu sei. como a cultura-mor dita, ou (pre)diz, a maioria segue essa cultura. e eu não me importo. e nem a nego. só não me incluo.
- ...
- ... tchau.

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